Afinal, o dinheiro físico vai acabar?

Afinal, o dinheiro físico vai acabar?

Já imaginou como seria gerenciar as nossas finanças sem os avanços tecnológicos de hoje? Muitas vezes, nem nos damos conta de como a "revolução digital" transformou radicalmente todos os setores das nossas vidas, incluindo, é claro, a forma como lidamos com o dinheiro físico.

Com a chegada do Pix, os cartões de crédito e a digitalização da economia, a relação do brasileiro com o dinheiro têm mudado rapidamente. Só para ilustrar essa mudança, um relatório do Banco Central aponta que o acesso a contas bancárias no Brasil cresceu pra cerca de 82% da população em 2022.

Neste artigo, vamos investigar a fundo como a nossa relação com o dinheiro evoluiu consideravelmente com a ajuda da tecnologia — e como essa mudança impacta diretamente na frequência em que usamos dinheiro físico.

Passa no crédito, por favor!

Puxado pelo crescimento das fintechs e bancos digitais, uso do cartão de crédito cresceu com força no Brasil nos últimos anos. Hoje, já existem mais cartões de crédito no Brasil (190,8 milhões) do que de trabalhadores em idade ativa (107,4 milhões). Locura, né? 😮

Um balanço foi divulgado pela Abecs mostrou que brasileiros usaram cartões para pagar R$ 1,7 trilhão em compras no primeiro semestre de 2023. Se a previsão da Abecs se concretizar, entre R$ 3,61 trilhões e R$ 3,67 trilhões serão movimentados por cartões de pagamento em 2023.

💡 Curiosidade: a criação dos cartões aconteceu na década de 1950, nos Estados Unidos através da bandeira que conhecemos hoje como Diners Club. E não, a primeira versão criada não era feita de plástico, e sim de papel!

O Pix chegou chegando!

Antes do Brasil adotar o Pix como método de pagamento, havia R$ 357,5 bilhões em dinheiro físico no país. Hoje, o Banco Central estima que esse valor tenha caído para R$ 343,5 bilhões. Esse montante inclui as pilhas de dinheiro nos cofres dos bancos, as notas na sua carteira e até mesmo as moedinhas perdidas nos sofás do país inteiro.

Em poucos anos de existência, o Pix já se tornou um dos meios de pagamentos mais usados pelos brasileiros. Uma pesquisa com mais de 5 mil consumidores mostrou que, no ano passado, as transferências — grupo que inclui o Pix e também as transferências bancárias — responderam por 14% de todos os valores transacionados pelos brasileiros. Isto deixou a modalidade entre os meios mais usados, atrás somente dos cartões de crédito (38%) e de débito (22%).

E esse tal de DREX?

Cada vez mais a economia está digitalizada e Bancos Centrais do mundo todo estão criando suas moedas digitais, e com o Brasil não é diferente. O Drex é uma versão digital do real, que funciona como um ecossistema eletrônico que vai ser usado principalmente em contratos inteligentes, programabilidade, segurança e automatização.

Mesmo que o impacto e razão de existir deles são bem diferentes, tanto o Pix como o Drex fazem parte desse movimento de digitalização da economia brasileira que vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos.

Nós publicamos um artigo aqui no Oinc Blog que explica em detalhes o que é o Drex e ainda te damos um exemplo super fácil de entender como ele funciona na prática. Vai lá dar uma olhadinha!

Criptomoedas: a moeda digital que veio para ficar

Uma das grandes revoluções na área financeira foi o surgimento das criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, por exemplo. Essas moedas digitais possibilitaram transações financeiras diretas, rápidas e seguras, sem a necessidade de intermediários, como bancos.

Embora ainda existam desafios e incertezas em torno do assunto, elas conquistaram um espaço significativo no cenário financeiro global, atraindo muitos investidores e provocando discussões sobre o futuro do dinheiro físico e digital.

Então quer dizer que o dinheiro físico já era?

Segundo uma pesquisa da Opinion Box, 79% dos mais de 2 mil entrevistados em maio de 2023 concordam que têm utilizado menos dinheiro. Além disso, 65% acreditam que os meios digitais irão eliminar o dinheiro em papel no futuro.

No entanto, essa forma de pagamento ainda é a segunda mais frequente no país. A pesquisa indica que estamos caminhando para um futuro com cada vez menos dinheiro físico, embora não totalmente sem ele.

E aí, você acha que o dinheiro físico tá com os dias contados? E se voce tivesse que chutar um ano qual ano o papel moeda iria sumir, qual seria? A revolução digital tá virando o jogo, transformando totalmente a nossa relação com o dinheiro. Pix, cartão, Drex, até criptomoedas chegaram pra ficar. Porém, já dá pra imaginar um futuro sem papel moeda na carteira? Nossos filhos vão olhar pro cheque e perguntar o que é isso, assim como já acontece com outras tecnologias “ultrapassadas”? A gente nem sabe! O futuro é uma incógnita, mas que tá tudo cada vez mais digital, isso tá!